terça-feira, 16 de junho de 2020

Recordando o massacre do 27 de Maio de 1977 em Angola: O MPLA assassinou milhares de seus camaradas cometendo um verdadeiro genocídio. A historiadora Dalila Mateus avalia em 30 mil mortos. Uma coisa brutal

DW África: Quantas pessoas perderam a vida no total?
DM: Há cálculos diversos. A Fundação 27 de Maio, formada por antigos presos de 27 de Maio, fala de 80.000 mortos. O jornal Folha 8 de 60.000. Adolfo Maria, militante da chamada "Revolta Ativa" e o juiz angolano José Neves, que participou numa Comissão de Inquérito aos acontecimentos, apontam para 30.000 mortes.
A Amnistia Internacional avançou com uma estimativa que vai de 20.000 a 40.000. Um elemento da polícia política DISA, entrevistado por mim, dizia terem sido apenas 15.000 mortos. Eu e meu marido, no livro que escrevemos, ficamos pelo número mais vezes referido. Seriam, pois, uns 30.000.
(ver link)







Álvaro Mateus e Dalila Mateus fizeram luz para a História sobre o massacre de 1977 em Angola. Uma luta fraticida entre camaradas de luta, acabou da pior maneira. Álvaro Mateus em 1980 esteve na ilha da Madeira a dirigir um curso de quadros do PCP na sede do PCP na rua da carreira nº. 139 no Funchal.
Folha 8 não larga a memória das vítimas do massacre e salienta que os responsáveis nunca pagaram pelos seus crimes

O 27 de Maio de 1977 foi uma realidade cruel. Indescritível! Um genocídio sem paralelo depois da segunda Guerra Mundial. A barbárie de Agostinho Neto e a sua “camarilha” em nada, ou em muito pouco, se ficou a dever, à protagonizada por Adolph Hitler, na Alemanha.


Olíder do MPLA chegado ao poder através da batota e fraude, ao violar os Acordos de Alvor, mancomunado com os capitães de Abril, ligados ao Partido Comunista Português, era a encarnação do ódio, da barbárie, do demónio que, chegado à mais alta magistratura do poder do Estado, apenas ampliou estratosfericamente os crimes que cometia, em pequena escala, durante a luta de libertação nacional, onde enterrou vivo, um vice-presidente, Matias Miguéis, queimou vivo numa fogueira, o comandante Paganini, da Frente Leste, entre outras monstruosidades.
A estória deste homem está prenhe de mistérios e espanta que, desde 1979, o MPLA tente branquear a sua história, inocentando-o do cometimento de crimes hediondos contra o seu Povo, contra a humanidade, imprescritíveis e insusceptíveis de amnistia.
Os sobreviventes do 27 de Maio de 1977, todos, na sua multirracialidade, estão impedidos de se acovardarem, agora, de desistirem de exigir justiça ou a criação de uma verdadeira Comissão da Verdade, Reconciliação e Perdão.
Os sobreviventes têm de unir forças para juntar todo o acervo das diferentes alas, para, numa organização única: PLATAFORMA 270577, serem capazes de levar as suas vozes, os seus sentires e a memória dos seus camaradas, barbaramente assassinados às mais altas cortes internacionais de Direitos Humanos, para cadastramento do Genocídio de Maio de 1977, comandado por Agostinho Neto.
É hora, também, de haver justiça, em relação à nossa honra, sempre vilipendiada por um regime arrogante, insensível, discriminador e MENTIROSO, que ousa tratar as vítimas, 43 anos depois, como coisas descartáveis.
A coisificação é um acto vil e abjecto que deve ser denunciado e rejeitado, por todos.

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